Menos tóxicos para o meio ambiente, os produtos feitos para combater o Aedes aegypti avançam nos testes para serem utilizados em casa
Por Gabriela Guasti
Cientistas da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveram cinco larvicidas contra o mosquito Aedes aegypti a partir da casca da castanha de caju. O inseto é o agente transmissor de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Os inseticidas foram feitos a partir do líquido da casca da castanha, o LCC, com o objetivo de ser menos tóxico que os produtos sintéticos e, assim, poder ser usado pela população sem a supervisão de agentes sanitários. Além disso, de acordo com a Agência UFC, por ser desenvolvido a partir de componentes naturais, o composto tem seu custo de produção reduzido.
Os larvicidas contém o LCC unido ao hidróxido de sódio, uma substância que permite a dissolução do líquido na água em locais onde as larvas dos mosquitos se desenvolvem, tornando o ambiente impróprio para o seu desenvolvimento.
Atualmente, os compostos estão sendo testados para avaliar o seu nível de toxicidade no ambiente e em animais, incluindo os seres humanos, e devem passar pela avaliação da Agência Nacional de Segurança Sanitária (Anvisa) antes de serem comercializados.