O pequeno disco prateado era o início de uma das principais tecnologias da história da era digital e do entretenimento
Por José Gabriel Damasceno
O que hoje pode ser considerado obsoleto, há 40 anos era tido como o início de uma revolução. O compact disc (CD), um pequeno círculo de cor prata, chegava para mudar de vez a indústria musical. A história começa com o primeiro CD lançado no mundo, feito na cidade alemã de Langenhagen, onde o pianista chileno Claudio Arrau, na fábrica da Polygram, tinha a missão histórica de ser o pioneiro. O primeiro disco do planeta reunia valsas de Chopin gravadas em 1979 por Arrau.
No início, o acesso a essa nova mídia era restrita à pessoas mais abastardas, tanto devido ao tocador quanto ao próprio disquinho. No entanto, com o passar do tempo, a ‘roda prateada’ se popularizou e ganhou diversos lares ao redor do mundo. O apogeu do CD aconteceu com a chegada do MP3, já no final da década de 90 com a promessa de um som “sem chiados”. A partir de então, o CD poderia suportar até o dobro de tempo de gravação que um LP de vinil na época.
Os CDs ajudaram a alavancar diversos cantores e bandas ao longo de várias décadas e a indústria musical aproveitou bem a alta tendência do movimento, ganhando bastante com a época de ouro do formato. Com a evolução tecnológica, é raro encontrarmos alguém que utilize um CD para ouvir música, sua finalidade inicial.
As plataformas de música em streaming e até mesmo o surgimento do Pen Drive, ocasionaram na “morte” do disco de prata. Há quem ainda tenha tocadores em casa e guarde os CDs como relíquias de um passado nem tão longe assim. Há também pessoas que gostam de poder abrir e folhear os encartes e a capa, além de reservarem um lugar especial para exibir o acervo.
Para esta data, quando se celebra o início da revolução dos CDs, internautas aproveitam para relembrar com nostalgia a época em que o compact disc era o máximo da tecnologia: “Eu nasci na época entre a transição dos LPs pros CDs, meu pai tinha e tem muitos LPs e CDs. E ainda compro CDs de artistas que gosto, acho muito bacana abrir o CD, ver o encarte enquanto se aprecia o som, a mesma sensação pro LP”.
Resistindo aos rápidos avanços da tecnologia, o CD reservou e ainda reserva espaços especiais na vida de muita gente. Seja na memória de quem um dia foi muito feliz ouvindo em um tocador, ou na estante de alguém que ainda faz questão de manter eles a salvos do fim.