Nova Montana entra em fase final de validações e terá nova identidade visual da Chevrolet



6 set 2022 | Automóveis e outros

GM relevou primeira projeção oficial da picape, que traz aplicações de supercomputadores e inteligência artificial no seu desenvolvimento

 

Em fase final de desenvolvimento, a nova Montana será um dos grandes lançamentos da Chevrolet para o mercado brasileiro. Seu desenvolvimento está sendo detalhado pela GM, que que está utilizando ferramentas avançadas de engenharia como supercomputadores e software de inteligência artificial na aplicação da picape.

A Chevrolet, alias, utilizou-se desta própria tecnologia para projetar a primeira imagem oficial da Montana, que está neste momento em fase final de validações no Campo de Provas da GM. Ela chega às concessionárias em 2023.

“O desenvolvimento virtual permite reduzir o tempo de gestação de um veículo quase pela metade, agregando ainda ganhos de qualidade, segurança e eficiência. Outra vantagem é a infinidade de simulações e aperfeiçoamentos que é possível realizar ao longo do projeto”, explica Suzimara Ducatti, especialista em simulações virtuais na GM América do Sul.

Para isso, a GM possui um centro de processamento de dados com área equivalente a 20 campos de futebol. Cada peça, cada sistema e depois o veículo como um todo são trabalhados virtualmente até o máximo grau de otimização, seja de performance ou peso, por exemplo.

Estrutura, aerodinâmica e dinâmica veicular são algumas das disciplinas presentes no desenvolvimento virtual, assim como simulações eletrônicas, de desempenho térmico e de radiofrequência. A segurança será um ponto importante para a nova picape, que terá de série seis airbags e para-choque e capô projetados até para amortecer impactos em caso de um possível atropelamento.

São estes supercomputadores também que ajudaram a dar vida à primeira imagem oficial do visual do produto, caracterizado por linhas esportivas e real porte de picape. Pela projeção, o conjunto ótico frontal traz a nova identidade da marca e iluminação em LED.

 

A GM também explica sua concepção para um novo veículo, que passa por cinco etapas. A primeira começa com o time de Inteligência de Mercado, que identifica futuras tendências e define uma lista com as características e tecnologias do veículo.

O segundo estágio é o da criação do conceito, com o envolvimento dos times de Design e Engenharia, para os devidos ajustes técnicos de viabilidade e cadência do projeto. A terceira etapa é a mais detalhada, a do desenvolvimento virtual, quando os componentes do veículo são criados e otimizados.

Milhares de simulações com o auxílio de supercomputadores e inteligência artificial são fundamentais para criação dos carros da categoria. Essas ferramentas vêm reduzindo quase que pela metade o tempo de gestação de um projeto. Além disso, permitem a confecção de veículos ainda mais avançados, com ganhos de qualidade, segurança e eficiência, com otimização dos custos, permitindo a adição de mais tecnologias.

Neste período, a fábrica inicia o processo para receber o produto e também os protótipos são construídos para aprimoramentos finais e validações. É aí que vemos as famosas camuflagens de adesivos zebrados para não revelar o visual do carro, além de capas e espumas que ajudam a disfarçar as linhas e os vincos da carroceria.

São mais de 6 milhões de quilômetros rodados por ano entre os mais de mil testes realizados no Campo de Provas da GM, que conta com 17 diferentes tipos de pistas, além de sete laboratórios. Assim, em seis meses é possível simular o desgaste que um automóvel sofreria se rodasse por 15 anos em condições normais de trânsito – ou o equivalente a 240 mil quilômetros.

Todos os resultados são analisados e as evoluções aplicadas dentro da filosofia de melhoria contínua dos produtos. Esse trabalho de ajuste fino de cada um dos sistemas é chamado de “calibração”. Na GM, cada configuração de veículo costuma ter um acerto customizado, para atender exatamente a proposta daquela versão. Os carros de testes são depois escrapeados.

No último ano, o Campo de Provas da GM reciclou quase 300 protótipos e 35 toneladas de pneus, por exemplo. Uma importante fração destes veículos saem do laboratório de segurança veicular, onde são realizados os testes de impacto. A última fase é a de lançamento, quando o veículo está pronto para ser montado e ofertado aos consumidores.

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