3 set 2021 | Gente

A essência de Hugo Fernandes e de tantos outros que dedicam suas vidas em prol do progresso científico e social do mundo.

03 de setembro pode ser apenas mais uma data, porém tem muito significado quando nela se comemora o Dia Nacional do Biólogo. Nesse mesmo dia, em 1979, a profissão foi regulamentada e também foi criado o Conselho Federal de Biologia (CFBio).

São 42 anos de consolidação profissional que tornam-se cada vez mais importantes em tempos de crescentes ameaças globais à biodiversidade, negacionismo científico e compartilhamento de falsas informações.

A era digital e o intenso movimento das redes sociais durante o período de isolamento por conta da pandemia da Covid-19 fez com que surgisse um novo modelo de comunicação para a divulgação científica e alguns profissionais ganharam um destaque mais amplo, como é o caso do biólogo Hugo Fernandes, que compartilha com seus mais de 144 mil seguidores em seu perfil no Instagram assuntos científicos para o público em geral.

 

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Uma publicação compartilhada por Hugo Fernandes (@hugofernandesbio)

Professor e pesquisador da Universidade Estadual do Ceará (Uece) com pós-doutorado em Ecologia e PhD em Zoologia, a biologia entrou em sua vida desde os tempos escolares, mas cursar jornalismo estava em seus planos. Entretanto, uma desilusão o fez desistir e o levou para a área de ciências biológicas. A comunicação continuou a segui-lo e sua produção e divulgação de conteúdos científicos ganharam ainda mais destaques com a pandemia da Covid-19.

Hugo reconhece que seu trabalho e o de muitos outros tiveram visibilidade e, como um comunicador das redes, sentiu necessidade de falar sobre a Covid-19. Apesar de não ser a fonte da informação sobre o vírus, seu papel como comunicador é de passar informações com eficiência de linguagem para a população. Ele ressalta a importância de se ter uma sociedade mais coletiva, cujas ações não digam respeito somente a si. “Temos que aprender com nós mesmos enquanto sociedade, que conseguimos cooperar. Precisamos de uma moral que regule o que é certo ou errado.”

Além da definição jurídica, formação e do estudo diverso, complexo e necessário, ser biólogo para Hugo é a sua essência. “É ser basicamente o meu trabalho, não somente quando exerço minha profissão, é estar presente na forma como percebo o mundo. Sou completamente apaixonado pelo que faço há 12 anos.”

Não apenas Hugo, mas outros profissionais ganharam relevância e engajamento nas redes sociais, desmistificando e aproximando a ciência da sociedade. A seguir listamos quatro perfis que fazem sucesso na era digital:

Atila Iamarino

Biólogo, Virologista e com pós-doutorado em Yale e pela USP, Atila é um dos maiores divulgadores científicos no país mesmo antes da pandemia de coronavírus. Além de ter se tornado uma das principais referências sobre epidemias virais no Brasil, combatendo à desinformação durante a pandemia da Covid-19, seu canal no YouTube possui mais de 3 milhões de inscritos.

Gabriel Aguiar

Biólogo e mestre em ecologia e recursos naturais pela UFC, está no seu primeiro mandato como vereador em Fortaleza, onde integra a comissão de Política Urbana e Meio Ambiente no qual é Vice-Presidente. Há quase 10 anos vivencia uma luta pela preservação da fauna, flora e dos ecossistemas de Fortaleza.

Pirula

Biólogo, mestre e doutor em zoologia, Paula Miranda Nascimento tem quase um milhão de inscritos em seu canal no YouTube onde fala sobre ciência e educação. Pirula foi um dos fundadores do projeto Science Vlogs Brasil, cujo objetivo é reunir canais de divulgação científica nacionais com informação bem apurada e de qualidade.

Natalia Pasternak

Doutora em microbiologia pela USP, ela é diretor-presidente do Instituto Questão de Ciência – associação sem fins lucrativos voltada para a defesa do uso de evidência científica nas políticas públicas. A cientista também integra o projeto Equipe Halo, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) que reúne diversos cientistas para esclarecimentos sobre a vacina contra a Covid no aplicativo TikTok.