Farinha, água e fermento. Esses três simples ingredientes são usados para fazer a baguete, importante símbolo francês e que agora foi declarada Patrimônio Cultura da Humanidade, nesta quarta-feira (30). O clássico pão agora faz parte da lista de bens imateriais da Unesco, a agência de patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), que reúne cerca de 600 tradições de mais de 130 países.
Mais do que o próprio produto, a Unesco premia com esta distinção o “savoir-faire”, a forma particular de preparar, amassar e assar este pão que sofreu, como tantos outros sucessos da culinária francesa, os abusos da industrialização. Importante alimento na vida dos franceses, o país produz cerca de 16 milhões desse pão por dia – quase 6 bilhões por ano – de acordo com uma estimativa da consultoria Fiducial de 2019.
Um clássico da panificação, sua história data de 1793, quando a Convenção Nacional determinou que todo cidadão francês deveria ter acesso ao mesmo tipo de pão, conhecido na época como Pain Égalité (pão igualitário). Já o seu formato comprido é atribuído a Napoleão Bonaparte, que ordenou aos padeiros na época um pão de fácil transporte para os soldados carregarem.