Os ovos decorativos foram feitos especificamente para a família imperial russa pelo famoso joalheiro Peter Carl Fabergé
Em 1885, o czar Alexandre III da Rússia havia descoberto o presente ideal para a sua esposa, Maria Feodorovna. A czarina era uma mulher que gostava de presidir cerimônias solenes, ricamente paramentada, distribuindo sorrisos para todos. Era uma verdadeira amante dos bailes, de vestidos caros e, principalmente, de diamantes. Assim, o soberano resolveu surpreender ela com algo que ainda não possuía: encomendou a Peter-Carl Fabergé, joalheiro de origem germano-báltica que trabalhava em São Petersburgo, um “ovo de galinha” adornado com pedrarias que, ao se abrir, revelava outro tesouro escondido. O de Maria Feodorovna continha uma gema, que escondia em seu interior uma pequena ave montada num ninho de diamantes.
O que Alexandre III não imaginava é que naquele momento estava dando início a uma tradição na família imperial russa, que se repetiria todos os anos por ocasião da páscoa. Ao todo, ele e seu filho, o czar Nicolau II, encomendaram nada menos que 56 desses ovos a Fabergé, com a única recomendação de que eles contivessem uma “surpresa”. A criatividade do joalheiro e de seus artesãos para esses pedidos, porém, deu origem a algumas das peças de joalheria mais bonitas do mundo.
Nesta semana, autoridades federais dos Estados Unidos disseram ter encontrado o que parece ser um ovo Fabergé em um superiate apreendido de oligarcas russos, de acordo com a CNN.
A vice-procuradora-geral Lisa Monaco disse que a polícia dos EUA encontrou o ovo em um superiate ancorado em San Diego, segundo a CNN. Monaco disse que o ovo é uma das descobertas mais interessantes que sua equipe fez em suas investigações.
Se o artefato for verdadeiro, a vice-procuradora-geral disse que o ovo seria um dos últimos conhecidos no mundo e valeria milhões de dólares.
Monaco não informou em qual iate o suposto ovo Fabergé foi encontrado, mas disse que a embarcação foi apreendida em Fiji no mês passado e partiu para os EUA.