SHEIN anuncia investimento de R$ 750 milhões no Brasil


Segundo a empresa, até o final de 2026 cerca de 85% das vendas devem corresponder a fabricantes e vendedores locais


20 abr 2023 | Moda

Após a polêmica da Receita Federal que iria acabar com a isenção de imposto às encomendas internacionais em vendas de pessoa física a pessoa física de até US$ 50, a SHEIN anunciou hoje (20) que planeja estabelecer parceria com dois mil fabricantes locais e criar aproximadamente 100.000 empregos nos próximos três anos para produzir peças da marca. Inicialmente, haverá um investimento de R$ 750 milhões para fornecer tecnologia e treinamento aos fabricantes a fim de atualizar seus modelos atuais de produção para o modelo sob demanda da SHEIN.

Segundo a empresa, o projeto permitirá aos produtores locais gerenciar melhor os pedidos, reduzir o desperdício e diminuir o excesso de estoque, resultando em uma maior agilidade para responder à demanda do mercado. Além de beneficiar as comunidades locais, o onshoring (produção no mercado onde o bem será consumido) da manufatura também contribuirá para a competitividade geral da indústria têxtil com o potencial de aumentar as exportações.

Além do investimento na fabricação no Brasil, foi anunciado também um marketplace para vendedores locais para atender às demandas dos clientes brasileiros por uma variedade maior de produtos e categorias, bem como tempos de entrega mais rápidos. O modelo começou a ser testado no ano passado e um dos seus objetivos é ajudar a capacitar os vendedores locais para alcançar a base de clientes da empresa por meio do site e do aplicativo da companhia. A expectativa da SHEIN é que, até o final de 2026, cerca de 85% de suas vendas sejam locais, tanto de fabricantes como de vendedores.

De acordo com informações do G1, o ministro da Fazenda Fernando Haddad disse que a plataforma se comprometeu a aderir ao plano de conformidade da Receita Federal e “normalizar as relações com o ministério da Fazenda”. Segundo Haddad, essa movimentação vai trazer investimentos para o país e equilibrar as condições de produção e comércio para varejistas nacionais e internacionais.

O ministro disse que o plano de conformidade vai seguir o exemplo “dos países desenvolvidos”. “É o que se chama no exterior de digital tax, um imposto digital. Ou seja, quando o consumidor comprar, ele está desonerado de qualquer recolhimento de tributo. A tributação terá sido feita pela empresa sem repassar para o consumidor nenhum custo adicional”, relatou.

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